terça-feira, 26 de outubro de 2010

Advogado de Bruno diz que Eliza está viva e pode estar se vingando


Declarações foram feitas no fórum de Esmeraldas, nesta terça-feira (26).
Pai de Eliza diz ter certeza da morte da filha.





O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Ércio Quaresma, afirmou na manhã desta terça-feira (20) que a ex-amante do jogador, Eliza Samudio, é a principal testemunha da defesa. Em entrevista à rádio CBN, ele afirmou que “enquanto eu não verificar um atestado de óbito, enquanto eu não cotejar um exame de necropsia, essa moça está viva”. 
Quaresma defendeu ainda que a jovem, desaparecida desde 4 de junho, esteja se vingando de Bruno. “A maior vingança que uma mulher pode fazer contra um homem por qualquer situação é mandá-lo para a cadeia inocentemente”, disse. “Temos incontáveis casos, não só em Minas, de mulheres que imputam aos seus consortes crimes sexuais.” 
Perguntado se Eliza teria abandonado seu filho de propósito, o advogado respondeu que “a mãe dela a abandonou praticamente na maternidade. O pai dela, segundo o STF, é um estuprador... essa moça era atriz pornô, trabalhava em produções pornográficas, era uma profissional do sexo”. 
O advogado acusou ainda a Polícia Civil de Minas Gerais de fazer “tortura psicológica” contra os suspeitos no desaparecimento de Eliza e afirmou que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi agredido dentro da delegacia, enquanto prestava depoimento. “O que está acontecendo em Minas é coisa da Idade Média.” 

Entenda o caso 

A ex-modelo Eliza Samudio, de 25 anos, desapareceu no dia 4 de junho deste ano. O último contato conhecido dela foi com a advogada Anne Faraco, que acompanhava o processo de reconhecimento da paternidade do filho de quatro meses que a jovem dizia ser de Bruno Fernandes, goleiro do Flamengo. 
No telefonema à advogada, Eliza avisou que iria a Minas Gerais encontrar o jogador. Segundo ela, Bruno havia concordado em fazer um exame de DNA. 
Em 2009, a modelo tinha levado à imprensa do Rio de Janeiro a notícia de que estava grávida de Bruno. A criança teria sido concebida no primeiro encontro dos dois em um churrasco em maio do ano passado, quando o atleta já era casado com Dayanne Souza. 
Em outubro, Eliza denunciou ameaças de Bruno, que a pressionava a abortar. A Justiça determinou que o atleta mantivesse, pelo menos, 300 metros de distância dela. 
Em fevereiro deste ano, quando o bebê nasceu, a ex-amante passou a negociar as condições para que Bruno assumisse a paternidade. Ela batizou a criança com o mesmo nome do jogador. 
Um mês depois, Eliza foi ao Rio e enviou uma mensagem para sua advogada: "Estou no mesmo hotel que fiquei aquela vez, se acontecer algo, já sabe quem foi". O advogado do jogador rejeitou o acordo proposto por ela na ocasião.
Em 24 de junho, a Delegacia de Homicídios de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde ficava o sítio de Bruno, recebeu uma denúncia de que Eliza havia sido levada para o local, onde teria sido assassinada. Foi quando as polícias do Rio e de Minas Gerais começaram as buscas por Eliza. 
Dois dias depois, a mulher do jogador, Dayanne, foi autuada “por subtração de incapaz” por ter entregado filho de Eliza a uma amiga. 
No dia 28 de junho, a Polícia de Minas Gerais fez as primeiras buscas no sítio do atleta. No dia seguinte, a perícia encontrou vestígios de sangue no carro de Bruno. O veículo havia sido retido no Estado por falta de licenciamento em uma blitz no dia 8 do mesmo mês. Mais tarde, um exame mostrou que se tratava do sangue de Eliza. 
A testemunha-chave do caso, um adolescente de 17 anos, que é primo do goleiro, apareceu em 6 de julho e confirmou ter participado do seqüestro de Eliza, ao lado de Luiz Henrique Romão - mais conhecido como Macarrão, que é funcionário de Bruno. 
No entanto, o garoto prestou depoimentos conflitantes sobre o caso para a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio. 
O primeiro depoimento deflagrou o pedido de prisão temporária de Bruno e de Macarrão. Na ocasião, o adolescente contou que, após atacar Eliza dentro de um carro, ele e o funcionário do goleiro seguiram viagem diretamente para o sítio do jogador. O menor disse ainda que Bruno só teve contato com Macarrão e Sérgio (que vigiava Eliza no sítio) por duas horas. 
Na segunda versão, o primo do jogador disse que, após o seqüestro, ele, Macarrão e Eliza foram primeiro para a casa do goleiro, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio, onde ficaram por dois dias. Bruno não estava na casa, segundo o adolescente, pois se preparava com o time do Flamengo para uma partida do Campeonato Brasileiro naquele final de semana, mas depois encontrou o grupo em Minas e permaneceu lá por três dias. 
A participação da esposa do goleiro no caso também sofreu alterações entre os relatos. No primeiro depoimento, o adolescente só a viu no sítio após o crime. Mas, na segunda versão, o menor de idade disse que ela já estava no local quando eles chegaram. Apesar disso, ele não confirmou a presença do casal no momento do assassinato de Eliza. 
O ponto comum dos depoimentos é que Eliza foi levada do sítio do jogador para outro local, no município de Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. Ali, Eliza teria sido entregue ao traficante e ex-policial civil Marcos Aparecido do Santos, conhecido também como Bola, Paulista e Neném. Ele teria sido o responsável pela morte de Eliza, por estrangulamento.
O adolescente disse ainda que o traficante desmembrou a mulher e deu as partes do corpo dela para que cachorros comessem. Segundo informações da Polícia de Minas, Bruno teria acompanhado a entrega de sua ex-amante ao criminoso e presenciado o assassinato. 
Bruno, sua esposa, e Macarrão, além de outras pessoas envolvidas no crime, tiveram sua prisão temporária decretada após o encerramento do depoimento do adolescente, no dia 6 de julho. Já Bola, o ex-policial suspeito do assassinato, foi preso dois dias depois, em Belo Horizonte. 
O jogador e seu funcionário já foram indiciados pela Polícia do Rio, pelo sequestro ocorrido em junho deste ano e, pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ), por sequestro, cárcere privado e lesão corporal, por conta do incidente de 2009, onde teriam tentado forçar Eliza a abortar a criança que ela carregava.
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