sábado, 12 de fevereiro de 2011

Militares relatam o rigor dos cursos para integrar as tropas de elite


Treinamentos utilizam situações extremas para testar limites do corpo.

Especialista diz que cursos são para 'lapidar máquinas de guerra'







morte nesta semana de uma administradora de 25 anos durante um treinamento
para sargento do Exército no Rio de Janeiro expôs a dureza dos cursos militares no Brasil. A jovem passou mal após uma caminhada de 8 km. Segundo a família, ela reclamava seguidamente das exigências das atividades físicas no treinamento.Em janeiro, em um caso semelhante, um policial militar que estava havia 14 anos na PM do Rio também morreu no primeiro dia do treinamento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Um PM que participou do curso relata ao G1 que o treino coloca “o homem para enfrentar os piores de seus medos”.Ex-comandante do Batalhão de Forças Especiais, a tropa de elite do Exército, o general da reserva Alvaro Pinheiro diz que “a finalidade desses cursos é testar o individuo do primeiro ao último dia”. “Até mesmo militares convencionais criticam o excesso, dizem que vivemos fora da realidade, que não é preciso tudo isso. Mas o programa dos cursos é aprovado e, se exige demais do militar, é porque ele será o melhor”, acrescenta o oficial, ex-integrante das tropas de Comandos e Forças Especiais.
Nos cursos de tropas de elite, o rigor é extremo: militares chegam a passar um dia tendo como alimentação apenas uma colher de arroz, dormem 3 horas por noite e têm de fazer caminhadas de até 40 km na mata fechada, em meio à escuridão, sem lanterna, sem tirar os coturnos e sem reclamar.O objetivo, diz o especialista em treinamento militar Daniel Motta, é fazê-los capazes de tomar decisões rápidas em meio a situações de caos, como um tiroteio com criminosos em poder de reféns, mesmo estando cansado, com fome e sede. “Espera-se do homem algo humanamente impossível ou exageradamente difícil, pois são unidades e homens que irão se deparar com situações onde nem os policiais ou militares normais conseguem ajudar”, diz."Tudo o que passei por esses cursos foi necessário para me dar experiência em combate, saber reagir rápido na hora do pânico”, diz um militar do Exército que atuou na pacificação de uma favela violenta na missão de paz da ONU no Haiti.O soldado Maurício (nome fictício) perdeu no ano passado 10 kg durante o curso do COE (Comandos e Operações), unidade de elite da PM de São Paulo. Entre os 37 militares que começaram o treinamento, apenas 12 concluíram. O restante pediu para sair porque não aguentou a pressão.No ritual de desistência, o policial tem que tirar o boné, que leva o seu número, e tocar um sino – “é uma forma de humilhação na frente do restante do grupo, mostrando que não tem condições de continuar”, conta um participante.
Boné é abandonado no ritual de desistência
“Passei muita fome, cansaço e situações de estresse físico e emocional. Mas isso, com o tempo, o corpo acostuma. O pior é a distância da família, você não ter contato com o mundo lá fora, não saber o que está acontecendo. Fica recluso, dentro de um quartel ou no meio da mata”, relata Maurício.Um tenente de Santa Catarina que também fez o curso do COE diz que “a caveira (símbolo dos cursos de operações especiais) eu conquistei. Tem gosto de sangue, mas valeu à pena. É um orgulho ostentar ela no braço. Isso é para poucos, os melhores”.
Críticas ao excesso de exigências e esforço
.Cursos exigem de atividade física (Foto:Divulgação)Outro militar por pouco não perdeu a perna após levar uma mordida de uma aranha na mata durante o curso. Por medo de ser cortado, ele não relatou aos médicos sobre o fato e permaneceu mais 30 dias no isolamento. O machucado inchou até que não conseguiu mais calçar as botas.“Me levaram ao hospital e falaram que se eu ficasse mais uns dias sem medicação teria a perna amputada”, relatou o capitão.Esses cursos são para “lapidar máquinas de guerra em situações de enfrentamento, salvamento e resgate”, diz o especialista em treinamento militar Daniel Motta. “Quanto pior o curso, melhor será ele na hora do combate”, afirma.
Seleção faz peneira dos candidatos.Após o sucesso do filme “Tropa de Elite”, o Bope recebeu 417 inscrições para os seus cursos preparatórios de combate – que duram entre 30 dias a 3 meses. Os candidatos passam por exames físicos e psicológicos, entre eles correr 4 km em 13 minutos, fazer 200 abdominais em menos de 1 minuto e enfrentar testes de resistência e natação. Dos que se candidataram, apenas 50 passaram nos exames.
Treinamento tem caminhada (Foto: Divulgação/Exécito)
“É o treinamento duro deixa o combate contra o tráfico mais fácil nas favelas. Estamos preparados para o pior”, conta um soldado do Bope.“Às vezes, excessos são cometidos, mas isso não é normal e sobra para quem comandou a instrução”, diz o professor de um curso do Exército.
Riscos por excesso de fadiga
O especialista em nutrição esportiva e médico da seleção brasileira de vôlei feminino, Júlio Nardelli, diz que a morte por excesso de fadiga em cursos militares ocorre principalmente por dois motivos: distúrbios cardio-vasculares que levam a paralisação do coração ou problemas metabólicos, devido ao acúmulo de substâncias que deveriam ser eliminadas."Corridas de aventura ou esses treinamentos árduos levam o corpo ao extremo. Há desidratação, grande perda de água, potássio, sódio, que pode paralisar a reposição celular", diz o médico.“O maior risco é de rabdomiólise (lesão por excesso de esforço físico que pode levar a insuficiência renal e lesões internas), que aparece quando o aluno já está sem forças. Ocorre muito com maratonistas mal preparados", acrescenta ele.

Brasil Sub-20 decide título hoje

A seleção brasileira sub-20 joga na madrugada de domingo (0h10 de Brasília) para tentar conquistar o título do Sul-Americano da categoria, contra o Uruguai, e também para consagrar uma nova maneira de dirigir a seleção brasileira, sobretudo fora de campo.
O Brasil chega à última rodada do hexagonal final com nove pontos, contra dez do Uruguai, que joga por um empate para ficar com o troféu. Se a Argentina não vencer a Colômbia na preliminar, o Brasil já entrará em campo com a vaga garantida para a Olimpíada .
A tabela do hexagonal final do Sul-Americano Sub-20 reservou uma ironia na última rodada. Na madrugada deste domingo, à 0h10
(horário de Brasília), em Arequipa,o Brasil enfrenta o Uruguai. Será o confronto entre os bicampeões olímpicos e uma Seleção que tem verdadeira obsessão por conquistar o seu primeiro ouro.Um simples empate contra os vizinhos significará o carimbo no passaporte rumo à Londres-2012, em uma que poderá ser uma nova empreitada na busca pelo objeto de desejo do futebol brasileiro. O Uruguai, por sua vez, garantiu vaga com uma rodada deantecedência, e joga por um empate para ser campeão do Sul-Americano,algo que não ocorre desde 81.
Não há país sul-americano mais identificado com Olimpíada do que o Uruguai, que conquistou o ouro nas edições de 1924 e 1928. Em referência à tradição, a seleção uruguaia adotou o apelido de Celeste Olímpica. Apesar do bi olímpico, o Uruguai não obtia vaga nos Jogos desde 1928. A intimidade com o tema, no entanto, não foi esquecida.
- É uma honra escrever nossos nomes neste livro glorioso que é o do nosso país em Jogos Olímpicos - disse o técnico Juan Verzeri.
O técnico brasileiro Ney Franco reconhece a lacuna que o ouro olímpico deixa na História do futebol pentacampeão do mundo:
- Não diria que é obsessão. É necessidade do nosso futebol conquistar a medalha inédita. Espero que seja o início de uma nova jornada.
Um triunfo sobre os uruguaios garante o bi do Sul-Americano. Ninguém admite abertamente, mas só Londres interessa.Os dois primeiros vão a Londres-12.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Astrônomos dizem que planetas fora do Sistema Solar são saída para habitantes da Terra

Busca por exoplanetas deverá aumentar o número de descobertas nos próximos anos.
Nos últimos dez anos, os astrônomos encontraram cerca de 500 planetas extrassolares (que ficam fora do Sistema Solar). Graças a avanços em tecnologias de detecção, que estão cada vez mais precisas, a busca por exoplanetas (planetas que ficam fora do Sistema Solar) deve fazer com que esse número seja ainda maior.
Segundo o astrônomo Ramachrisna Teixeira, diretor do Observatório Abrahão de Moraes da USP (Universidade de São Paulo), em Valinhos, no interior de São Paulo, o objetivo da procura por esse tipo de planetas, mais do que encontrar alienígenas, é preservar a espécie humana no futuro.
– Hoje a Terra é habitável, mas um dia não será mais, o que nos obrigará sair daqui.

Seu colega, o astrônomo Ronaldo Mourão, fundador do Museu de Astronomia do Rio de Janeiro, lembra que nos próximos 5 bilhões de anos o Sol deverá se transformar em uma estrela gigante vermelha, destruindo a Terra. Mas o astrônomo concorda com seu colega que, antes disso, a própria humanidade se encarregará de acabar com as condições de vida por aqui.
- Só a ciência e a tecnologia conseguirão salvar a humanidade, nos oferecendo uma nova saída. Graças a elas, viveremos uma evolução muito grande e poderemos mudar de planeta.
Estudo ajudará a entender como eles nascem e se desenvolvem
A procura por esses mundos habitáveis é realizada fora de nosso Sistema Solar, daí a expressão "extrassolares". Os cientistas estimam que existam 200 bilhões de estrelas na Via Láctea, a nossa galáxia, e que 70% delas tenham as mesmas características de nosso Sol, com sistemas planetários parecidos com o nosso. 
Segundo Mourão, a descoberta desses planetas “pode revelar que realmente existem outros sistemas planetários, ao contrário do que se pensava até meados do século 20”, quando sua existência era considerada uma raridade no Universo.
 Graças a eles, começamos a compreender melhor a origem e o desenvolvimento dos planetas, o que foi muito importante também para entendermos melhor o futuro de nosso Sistema Solar.
Teixeira, que, em 1995, ajudou a medir a distância um dos primeiros exoplanetas detectados, conta que os astrônomos que estão procurando esses tipos de astros com probabilidade de vida estudam estrelas parecidas com o Sol (tipo G), que podem ter planetas com condições parecidas com as da Terra.
 Em pouco tempo, seremos capazes de detectar planetas comparáveis ao nosso, com características que favoreçam a vida.

Laboratório brasileiro vai estudar comportamento de extremófilos
O astrônomo explica que, para os cientistas, vida significa qualquer micro-organismo (como uma bactéria) encontrado no fundo de um poço de petróleo, por exemplo, tão resistente que poderia ter sobrevivido a uma viagem planetária, como aconteceu com a bactéria encontrada pela Nasa que substitui o fósforo pelo arsênico.
Essa descoberta permite se pensar que outros elementos químicos poderiam propiciar a vida, não se limitando portanto aos já determinados – carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo.
Chamados de extremófilos, esses organismos conseguem sobreviver ou até necessitam fisicamente de condições geoquímicas extremas, prejudiciais à maioria das outras formas de vida na Terra.Justamente para entender esses micro-organismos, até o final deste ano, o observatório de Valinhos deverá contar com um laboratório de astrobiologia, que irá simular atmosferas de Titã (lua de Saturno) e do planeta Marte, por exemplo, para estudar como os extremófilos se comportam nesses ambientes. 
O que os cientistas pretendem responder é "se a vida na Terra pode ter vindo de fora e se existe vida fora da Terra", explica Teixeira.

O sumiço das abelhas

Elas estão desaparecendo. O culpado mais provável é um vírus

As abelhas estão sumindo. O fenômeno começou na Europa, mas afeta hoje principalmente os Estados Unidos. Desde o fim do ano passado, mais da metade dos estados americanos perderam entre 50% e 90% das abelhas (de um total de 2,4 milhões de colônias comerciais, cada uma com cerca de 30 mil apídeos).
O grande mistério é que não há corpos. Elas simplesmente desaparecem, diz a agência AFP. O culpado pode ser o vírus da paralisia aguda (IAPV, na sigla em inglês), de origem israelense. É o que diz um estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia publicado na revista científica americana Science.
Os cientistas compararam amostras das colméias afetadas com as das saudáveis. A infecção pode ter alterado o senso de direção das abelhas. Por isso elas não conseguiriam voltar para as colméias.
Por que as abelhas são vitais para o ser humano? Essenciais para a agricultura, elas polinizam cerca de 90 tipos de frutas, vegetais e a soja. Assim, os vegetais crescem fortes e ricos em vitaminas. "Sem as abelhas, o homem pode desaparecer em quatro anos", disse Albert Einstein, numa previsão catastrofista, na primeira metade do século 20.

Pesquisa feita na Índia concluiu que radiação reduziu procriação, provocou fim da produção de mel e desorientou voo de operárias.

Os celulares são um dos responsáveis pela queda da população de abelhas na Europa e na América do Norte, afirmam cientistas de uma universidade na Índia ouvidos pelo Daily Telegraph.

Pesquisadores da Universidade Punjab, de Chandigarh, na Índia, afirmam ter estabelecido uma relação entre a radiação emitida pelos celulares e a perda de orientação de navegação das abelhas.

Em uma experiência controlada, eles compararam o comportamento e a produtividade das abelhas em duas colmeias. Uma tinha dois celulares, que funcionavam por 15 minutos, dias vezes ao dia. A outra tinha aparelhos falsos.

Depois de três meses, a colmeia com os celulares apresentou redução no número de ovos postos pela rainha, o fim da produção de mel e um declínio no número de abelhas operárias que retornavam á colmeia depois de colher pólen.

Em artigo, os pesquisadores Ved Prakash Sharma e Neelima Kumar escreveram que "o aumento no uso de gadgets tem causado uma eletropoluição do ambiente. O comportamento e a biologia das abelhas são afetados pelo eletronevoeiro porque elas têm magnetita em seus corpos, o que as ajuda na navegação".

www.itapetingaagora.com

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