terça-feira, 29 de março de 2011

‘Tem como esquecer um filho?’, diz mãe de Isabella, 3 anos após crime.


Em entrevista ao G1, Ana Carolina Oliveira fala sobre data da morte da filha.
Túmulo de Isabella vira local de visitação em SP; casal Nardoni está preso.

“Tem como esquecer um filho?”, indaga Ana Carolina Cunha de Oliveira, mãe de Isabella de Oliveira Nardoni, ao responder uma das perguntas feitas pelo G1 sobre o que ela faz para recordar da filha, três anos após a morte da menina. “Todos os dias são marcantes, pois ela não voltará nunca, e não apenas em algumas datas.” A entrevista foi feita por e-mail, por intermédio da advogada dela, Cristina Christo Leite.
Isabella foi encontrada caída no terraço do Edifício London, na Zona Norte de São Paulo, já sem sinais vitais, no final da noite de 29 de março de 2008. Informações desencontradas davam conta de um possível assassinato. Ela tinha apenas 5 anos quando foi levada de ambulância a um hospital na tentativa de que fosse reanimada. Sem sucesso, os médicos informaram à família que o quadro era irreversível já no início da madrugada do dia 30.
Por esse motivo, essa última data é a que aparece na cruz da lápide de Isabella ao lado da estrela que traz o seu nascimento: 18 de abril de 2002. Segundo funcionários do Cemitério Parque dos Pinheiros, no Jaçanã, a visitação ao túmulo beira a peregrinação. A administração do cemitério particular informa que as visitações são permitidas para quem quiser, basta se identificar na portaria.As visitas são diárias. Vasos com flores são deixados por pessoas, muitas delas desconhecidas, no local. Outros visitantes rezam. É o caso do aposentado Antonio José da Silva, de 80 anos, e seus amigos e familiares, que visitaram o túmulo de Isabella na manhã de segunda-feira (28). “Foi um caso que abalou o Brasil porque ela foi morta por alguém da própria família, alguém que deveria protegê-la. Morreu jovem como um anjinho”, diz.
Desde o início das investigações, a Polícia Civil desconfiou da versão apresentada pelo pai da criança, Alexandre Alves Nardoni, e da madrasta da menina, Anna Carolina Trota Peixoto Jatobá, de que um assaltante havia entrado no prédio e a jogado da janela do sexto andar.Após se tornar suspeito, indiciado, acusado, denunciado e réu, o casal foi condenado pelo crime em 27 de março de 2010. Alexandre, atualmente com 32 anos de idade, foi sentenciado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão sob a acusação de ter atirado Isabella do apartamento ao chão. Anna Carolina Jatobá, com 27 anos, recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão porque foi tida como a responsável pela esganadura antes da queda.O ciúme que a madrasta tinha do marido com a filha dele, Isabella, e com a mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, foi apontada como a motivação do crime. Os Nardoni estão detidos na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A defesa deles ainda tenta anular o júri popular para a realização de um novo julgamento. Os dois dizem ser inocentes.
Túmulo de Isabella (Foto: Kleber Tomaz / G1)
Antonio da Silva, de 80 anos, vê túmulo de
Isabella com parentes (Kleber Tomaz/G1)
“A maior lição que ficou para sociedade é que a Justiça existe e é eficiente. Independentemente de todas as manobras que a defesa tenha feito, a Justiça se mostrou capaz de trazer à tona a culpa dos réus para que eles fossem condenados”, afirma a advogada Cristina Christo Leite, que também foi assistente da acusação no caso.Veja no g1.com a entrevista com a mãe de Isabella.

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